sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A Visão dos Músicos

FORMANDO A VISÃO DOS MÚSICOS

De acordo com o dicionário, visão significa sonho, meta. Devemos ter uma visão, e ela determinará os nossos rumos e atitudes práticas. Esta visão deve ser coerente com os propósitos de Deus.

Nenhuma pessoa consegue executar grandes projetos se não houver sonhos, ideais e dedicação. Esta situação acontece em todas as áreas da atuação humana dentro de uma sociedade. Seja na política, nos esportes ou nas artes, o ser humano vive em busca de aperfeiçoamento e sucesso naquilo a que se dedicou.

No passado e nos dias atuais vemos pessoas se destacando pela sua dedicação e aplicação mediante a uma obsessão de obter tamanho sucesso na área da música, por exemplo: Madonna, Elvis Presley, Beatles etc. E nós músicos cristãos, como ficamos? Qual é a nossa visão? O que estamos fazendo para alcançá-la? Qual tem sido o nosso nível de dedicação? Esta visão é coerente com os propósitos de Deus?

Devemos entender que a principal ênfase do nosso ministério é a adoração. É o estilo de vida que cada um de nós deve ter em todo tempo: “Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4:23).

O que quero compartilhar se trata de algo profético, não quero tratar de meras idéias ou palavras de impacto, mas sim acreditar na força e no poder do nosso Deus que é capaz de tomar a nossa vida e levantar numa nação um povo que o ama, o adora e o louva, para que através deste povo possa manifestar a Sua glória a todos os homens. Quando falamos sobre adoração, não se trata de algo pessoal, mas de um desafio para a verdadeira igreja de Jesus.

É necessário considerarmos que quando falamos a respeito de adoração e adoradores não estamos falando necessariamente de música, eventos musicais ou shows evangélicos, mas estamos falando de “algo mais” que muitos de nós desconhecemos à luz da Palavra de Deus. Precisamos assumir um compromisso de voltarmo-nos à Palavra. Todos os nossos erros são decorrentes da falta de conhecimento da Palavra de Deus (Mt 22:29).

O que Deus pensa, qual é a visão que devemos estar engajados, e o que Ele espera de nós? Deus está nos convocando para um grande projeto e desafio! A visão de Deus não se limita a coisas pequenas, mas sim, mundial! (Ap 15:4). Devemos então, estar identificados com as coisas que Ele está identificado e comprometidos com as coisas que Ele está comprometido. Deus não está apenas comprometido com a nossa igreja local onde nos reunimos; Seu maior compromisso é com as nações, com o mundo, tribos e povos (Jo 3:16). É tempo de despertarmos para esta realidade, para a possibilidade de sermos os instrumentos que Deus irá usar. Se fixarmos a nossa visão na visão de Deus, iremos superar muitas dificuldades que surgem entre nós, de relacionamentos, competições, comparações etc. Deus nos chamou para servir e não para competir! O espírito do adorador é o de serviço e ele não tem tempo e nem perde tempo com tolices.

O nosso maior compromisso deve ser com Deus e com as pessoas, e no que diz respeito a música, ela é um instrumento para alcançar, abençoar, libertar e curar, por isso, não devemos tratar a mesma como um “deus”, um “ídolo” como tem sido para muitos.
Esta é a visão de Deus para a nossa vida! Se não tivermos esta visão e motivação, é melhor não tocarmos, não cantarmos e nem gravarmos CDs. Lembre-se que a nossa visão e motivação deve ser de serviço como Jesus ensinou: “Tal como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20:28).

A PREPARAÇÃO

O fator preponderante na vida do músico é a sua relação com a Palavra de Deus e o Deus da Palavra (Sl 119:7, 97, 111, 140 e 164). O músico precisa ter a consciência de que a Palavra de Deus é o instrumento divino que o torna apto para o ministério (II Tm 2:15). Ele precisa saber que o ministério de música é o ministério da Palavra cantada (Sl 119:54; 138:4).

Os levitas eram aptos porque eram homens da Palavra, profetizavam com seus instrumentos, tinham revelação da Palavra e visão da glória de Deus. Normalmente, quando ministravam, a glória do Senhor enchia a Sua casa (II Cr 5:13-14).

Vejamos 4 aspectos importantes da preparação dos músicos:

1- O músico deve se exercitar no “ouvir” a voz de Deus através da Palavra (Dt 13:4; Sl 143:8; Is 48:17-18);
2- Precisa ter a experiência de receber “rhemas”, na medida em que está abastecido de “logos” (Sl 143:8b);
3- Seu cantar e seu tocar devem ser resultado dessas experiências (Jr 23:18, 21-22);
4- Seu aprimoramento técnico e a qualidade de seu trabalho devem estar condicionados à sua natureza de justo (Sl 33:1-3).

Vamos colocar a nossa musicalidade, composições, dons e talentos a serviço do reino de Deus!

Deus abençoe!



Projeto Kumbaya

Qualificações para atuar no Ministério de Louvor

QUALIFICAÇÕES PARA ATUAR NO MINISTÉRIO DE MÚSICA


"... os meus zelosos adoradores... me trarão sacrifícios..." – Sofonias 3:10.

Ao lermos o texto acima, podemos concluir que o adorador é zeloso com aquilo que o Senhor tem deixado em sua responsabilidade. A pessoa que zela por algo, o faz considerando ao extremo seu valor. No Salmo 69:9, Davi se deixa consumir pelo zelo das coisas do Senhor, a quem amava e servia: “Pois o zelo da tua casa me consumiu”. O músico que é um verdadeiro adorador tem no Senhor a sua maior riqueza e por Ele zela com toda a sua força. Se os nossos ministérios de música estão passando por muitos problemas e dificuldades, é porque está faltando zelo com as coisas que o Senhor tem deixado em nossas mãos. Infelizmente, não generalizando, mas muitos músicos tem demonstrado atitudes irresponsáveis, muitos deles não oram, não meditam na Palavra, criam contendas e divisões, são insubmissos, não participam dos cultos, são egoístas e rebeldes, enfim, demonstram falta de temor a Deus.
Através da sua Palavra, Deus oferece vários modelos para nossa vida. Assim, Ele tem nos dado um modelo para o ministério de música com o qual devemos estar plenamente identificados e comprometidos para que possamos ver os resultados espirituais que irão surgir do mesmo.
É com esse espírito que vemos a necessidade de estruturarmos o ministério de música. Devemos nos conscientizar de que Deus tem colocado uma riqueza em nossas mãos - A música!
Este ministério, além de alegrar o coração de Deus, é um instrumento de edificação da igreja e um veículo de proclamação do Evangelho.
A seguir, iremos observar algumas qualificações importantes para aqueles que desejam participar do ministério de música. Vamos nos unir nesta visão, colocando toda nossa vida, talentos e ministérios a serviço do Senhor, para que em tudo Ele seja glorificado.

QUALIFICAÇÕES DE UM MINISTRO

1- Real experiência com Deus. (Jo 3:3).

A pessoa que teve uma real experiência com Deus é aquela que não vive mais para si mesma (Rm 14:7-8) e nem para o pecado (Gl 5:24; Rm 6:6, 11, 14); possui uma inclinação para as coisas que são do alto (Cl 3:1; Mt 6:33) e sua experiência se baseia na Palavra de Deus e no Deus da Palavra.
O problema que temos encontrado nesses dias, é que muitos músicos não têm uma real experiência com Deus, não são regenerados. O que eles possuem é apenas um desejo de tocar, tocar, tocar, ou cantar, cantar, cantar. Os problemas surgem porque falta coração regenerado. O músico precisa passar pela experiência da regeneração. Este é o requisito básico e principal para todo aquele que quer servir na casa do Senhor.

2-Consagração. (Lv 27: 28-29).

Consagrado significa ser separado para servir conforme o propósito de Deus. Quando temos uma real experiência, somos separados do pecado a fim de servirmos a Deus e vivermos para Ele (II Co 5:15).
Portanto, o verdadeiro ministro de música tem a convicção de que é uma pessoa separada por Deus, e que seus dons e talentos são dedicados inteiramente ao serviço à Ele. De que maneira temos utilizado os nossos dons e talentos? Temos utilizado para os nossos próprios interesses ou para servir a Deus e as pessoas? A evidência clara de que alguém tem uma vida consagrada a Deus são os frutos que acompanham o seu serviço (Tg 2:18, 26; Jo 12:24; 15:18). Qual o fruto que temos oferecido?

3- Comunhão com Deus. (Sl 84:4-5).

Comunhão com Deus é habitar no conselho de Deus, é ter uma identificação com o altar. Alguém que não tem identificação com o altar não é um ministro de música.
Infelizmente, muitos músicos não valorizam e nem priorizam um tempo a sós com Deus e é por isso que muitas vezes não há um fluir na ministração dos cânticos, pois falta unção.
Dizem por aí: "a Bíblia do músico é o seu instrumento". Quanto tempo você se dedica estudando a música e quanto tempo você se dedica estudando a Palavra de Deus? É claro que as duas coisas são importantes, mas há uma grande diferença entre um ministro de música e um tocador de instrumento: O ministro se identifica com Deus e usa da música o instrumento para o seu crescimento espiritual. O tocador está identificado com o seu instrumento e visa apenas o seu desempenho musical.
A Palavra e a oração são a base de todo o serviço. O que se pode esperar de alguém que não medita e não ora? Que utilidade tem este tipo de pessoa? Com certeza, nenhuma! Os homens cuja vida e ministério glorificavam a Deus eram homens de meditação e oração. O Senhor Jesus é o nosso maior exemplo (Lc 4:2; 6:12). A. W. Tozer disse: "Nunca ouça um homem que não ouve a Deus".
Se quisermos mais unção em nosso ministério precisamos saber que o "endereço" é o santuário (Sl 77:13a). Enfim, a qualidade do ministério de música está vinculada a vida no altar (Rm 12:1; I Pe 2:5). Sejamos ministros do altar!

4- Servo. (Mt 20:28).

Hoje em dia, muitos "ministros de música" querem ser servidos e não estão dispostos a servirem, voltados para os seus próprios interesses e motivações. O verdadeiro servo não é conhecido pelo seu título, mas sim pelo seu modo de viver, em outras palavras, suas atitudes falam mais alto que suas palavras.
Infelizmente, não se tem encontrado músicos com coração de servo, por isso, não é difícil ouvirmos frases do tipo: "o meu instrumento é melhor", "a minha música é melhor", "a minha banda é melhor", "eu sou o melhor", "não abro mão do meu lugar à ninguém", "não faço tal coisa porque não é o meu ministério", etc. Por causa dessas frases de alguns músicos, tem se criado em nosso meio um terrível espírito chamado competição. Isso com certeza além de entristecer o coração de Deus, dá lugar a um ambiente de desamor, impróprio à presença divina (I Co 3: 1-7).
O responsável pelo espírito de competição chama-se Satanás! (Ez 28:2; I Rs 18:21). Desde o princípio do mundo ele tem procurado competir sem êxito, com o Todo Poderoso. Satanás tem tido acesso ao meio evangélico através deste espírito de forma muito sutil.
O reino das trevas é reino da competição, mas o reino de Deus é reino da cooperação (Sf 3:9; Ef 4:16). Podemos ter características diferentes e estilos diferentes, mas isso não impede que sirvamos ao Senhor em unidade e ajuda mútua.
Ser um ministro de música é ter um coração de servo, que tem como motivação principal servir a Deus, a família, aos irmãos e aos perdidos.

5- Submisso. (Rm 13:2).

Submissão é uma das características de um verdadeiro filho de Deus. Ao formar a equipe musical, procura-se dar oportunidade àqueles dentro da congregação que se destacam por sua habilidade musical. Alguns cuidados devem ser tomados nesta escolha. Mesmo com alguns cuidados sendo tomados, não se pode adivinhar o que virá pela frente. Neste sentido, às vezes nos deparamos com pessoas incapazes de se submeterem à liderança. Quando estes, depois de muitas conversas, irremediavelmente não se ajustam, devem ser convidados gentilmente a se desligarem da equipe (Jo 6:65-66).
Existe, hoje em dia, um aspecto importante que tem se tornado um grande problema, onde observamos que muitas bandas gospel não querem estar ligadas a nenhuma igreja e a nenhum pastor. No livro de Provérbios 18:1 diz: "O solitário busca o seu próprio interesse, e insurge-se contra a verdadeira sabedoria". Todo músico precisa ser pastoreado. Quem deseja andar isoladamente, está buscando o seu próprio interesse, tendo uma atitude egoísta. Nós músicos precisamos de cobertura espiritual, ensino, admoestação e correção dos nossos líderes e, a partir de então, ganharemos autoridade para ministrar e seremos uma benção para o corpo de Cristo. Só tem autoridade quem caminha debaixo de autoridade!
Aquele que agora tem um coração novo é capaz de submeter-se à vontade de Deus, aos líderes e aos irmãos (Ef 5:8-21).

6- Conhecimento técnico. (Sl 33:3).

A nossa oferta ao Senhor no que diz respeito à música tem que ser excelente em todos os sentidos, incluindo a apresentação e a execução. Não podemos usar a justificativa de que tudo o que fazemos é para a honra e glória do Senhor apresentando assim, algo mal feito e sem preparo, pelo contrário, precisamos apresentar o excelente para a honra e glória do Senhor.
O Salmo 33:3 diz: “Cantai-lhe um cântico novo, tocai bem e com júbilo”. “Tocar bem” em hebraico significa yatab, e seu significado se amplia: fazer bem algo, fazer algo bonito, agradável e bem feito, de maneira completa, detalhada e minuciosa.
Uma música bem ensaiada e bem preparada não irá “apagar o Espírito” como muitos pensam, pelo contrário, quando há preparação Deus se manifesta de maneira poderosa (II Cr 20).
Deus não dá o prêmio à mediocridade e negligência, mas sim à fidelidade, responsabilidade e diligência.

7- Relacionamento com a equipe. (Rm 8:29).

A vida em família é um projeto de Deus para nós e a família ministerial deve ser a extensão da nossa casa. A vida em família é um princípio que precisa ser desenvolvido no ministério de música para o fortalecimento e crescimento de todos os seus integrantes (Ef 2:19-21).
O que temos observado é que muitos músicos não querem ter relacionamento e comunhão com as pessoas. É possível ser parte de uma família e não ter comunhão com ela? Não. Sendo assim, quem não cultiva comunhão não pode participar de nenhum ministério.
Os discípulos de Jesus revolucionaram o mundo porque estiveram com Ele, aprenderam com Ele e falavam a linguagem do mestre. Observe alguns aspectos da vida em família:
A) Caminhar numa mesma visão – (I Co 1:10; Sf 3:9). Visão + Visão = Divisão.
B) Comunhão uns com os outros – (I Jo 1:7). Devemos estar juntos, sair, orar, compartilhar necessidades, etc.
C) Respeito mútuo – (II Co 10:13). Devemos conhecer nossos limites! Devemos tomar cuidado com as brincadeiras e apelidos que damos as pessoas para não magoá-las.
D) Alegrarmos e chorarmos juntos – (Rm 12:15). Unir-nos nas conquistas e nas tribulações.
E) Vida de transparência (Tg 5:16) e Pacto de aliança (I Sm 18:1-4). Compromisso uns com os outros de fidelidade, integridade, lealdade, amor, amizade e companheirismo em todos os momentos da vida. Vivamos em família!

Deus abençoe!


Projeto Kumbaya